Classificações
Os envios individuais podem ser avaliados utilizando uma escala baseada na teoria da aprendizagem isolada e colectiva.
Esta teoria pode ajudá-lo a observar as interacções humanas sob um ponto de vista diferente. Explica duas formas diferentes de avaliar e aprender aquilo que vemos e ouvimos.
Apesar de podermos utilizar estes dois métodos em conteúdos e períodos diferentes, é útil para exemplificar, imaginar duas pessoas, uma conhecedor isolado (Jim) e uma conhecedora colectiva (Mary).
- Jim gosta de ser o mais "objectivo" possível sem incluir os seus sentimentos e emoções. Quando numa troca de pontos de vista com alguém que tenha outros, ele gosta de defender as suas próprias ideias, utilizando a lógica para encontrar lacunas nas ideias do seu/sua oponente. Tem uma posição crítica em relação a novas ideias a não ser que as mesmas sejam provadas por fontes fidedignas tais como livros, professores conceituados ou através da sua própria experiência. Jim é o típico aluno isolado.
- Mary é mais sensível para com os outros. Tem a capacidade de empatia e prefere ouvir e questionar até sentir que pode estabelecer ligação ao "compreender as coisas do ponto de vista dos outros". Ela aprende tentando partilhar as experiências que a conduzem ao conhecimento que adquire através dos outros. Ao falar com outras pessoas, evita confrontos e se achar oportuno, tenta ajudar através de sugestões lógicas. Mary é uma aluna muito colectiva.
Já reparou nestes exemplos que o aluno isolado é masculino e a colectiva é feminina? Alguns estudos sobre o assunto provam estatisticamente este facto, no entanto, qualquer pessoa pode estar entre estes dois extremos.
Para um grupo de alunos mais colaboradores e empenhados, o ideal seria se utilizassem AMBOS os métodos.
Numa situação específica, como num fórum na Web, um único envio feito por alguém pode revelar qualquer uma destas características, ou até ambas. Alguém que normalmente é muito colectivo pode enviar uma mensagem de cariz isolado e vice versa. O benefício de avaliar cada envio usando esta escala é:
- ajuda-o a pensar sobre estes temas ao ler outros envios
- providencia um diganóstico a cada autor no modo como é visto pelos outros
Os resultados não são usados para avaliar os alunos em nenhuma forma, mas são usados apenas para ajudar a melhorar a comunicação e a aprendizagem.
Caso esteja interessado, seguem-se algumas referências a documentos elaborados pelos autores que originalmente desenvolveram estas ideias:
- Belenky, M.F., Clinchy, B.M., Goldberger, N.R., & Tarule, J.M. (1986). Women's ways of knowing: the development of self, voice, and mind. New York, NY: Basic Books.
- Clinchy, B.M. (1989a). The development of thoughtfulness in college women: Integrating reason and care. American Behavioural Scientist, 32(6), 647-657.
- Clinchy, B.M. (1989b). On critical thinking & connected knowing. Liberal education, 75(5), 14-19.
- Clinchy, B.M. (1996). Connected and separate knowing; Toward a marriage of two minds. In N.R. Goldberger, Tarule, J.M., Clinchy, B.M. & Belenky, M.F. (Eds.), Knowledge, Difference, and Power; Essays inspired by Women's Ways of Knowing (pp. 205-247). New York, NY: Basic Books.
- Galotti, K. M., Clinchy, B. M., Ainsworth, K., Lavin, B., & Mansfield, A. F. (1999). A New Way of Assessing Ways of Knowing: The Attitudes Towards Thinking and Learning Survey (ATTLS). Sex Roles, 40(9/10), 745-766.
- Galotti, K. M., Reimer, R. L., & Drebus, D. W. (2001). Ways of knowing as learning styles: Learning MAGIC with a partner. Sex Roles, 44(7/8), 419-436.
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